Linda, delicada e perfumada, a rainha das flores, para viver sadia, necessita de cuidados especiais como esses dois tipos de poda: a de manutenção e a de formação:

Poda de manutenção ou limpeza – pode ser feita sempre que houverem flores que terminaram seu ciclo, galhos secos, tortos, mal formados que enfraquecem a planta retirando força dos ramos saudáveis.

Não há época especial para essa poda. É só limpar a roseira de tudo o que não lhe corresponde mais, respeitando as gemas (veja quadro abaixo) e a planta como um todo.

Poda de formação – deve ser realizada uma vez ao ano, na lua minguante de junho/julho – época de dormência da planta o que torna os cortes menos traumatizantes (atenção: esse tipo de poda só deve ser praticado em roseiras plantadas há pelo menos um ano).

A poda de formação, como o nome sugere, serve para orientar a estrutura da planta e tem seus princípios a depender do tipo de roseira:

Poda baixa – para roseiras rasteiras, híbridas-de-chá, sempre-floridas, ou miniaturas.

Feita a limpeza dos galhos secos ou malformados, faça a poda de todos os ramos deixando-os a uma altura de 20 a 25 cm. O corte deve ser feito sempre em diagonal (nunca horizontal), deixando a inclinação da esquerda para a direita, aproximadamente um centímetro acima da gema mais próxima.

Poda alta – para roseiras arbustivas e cercas-vivas.

O começo é igual para todos os tipos de poda: limpeza dos ramos secos, fracos e malformados. A seguir, corte as hastes a altura de 80 cm a 1m. Deixe os ramos mais fortes um pouco mais longos procurando manter uma altura adequada ao local onde a roseira está plantada.

Poda parcial – para roseiras silvestres e trepadeiras que produzem hastes com 3 a4 metros de comprimento (durante o primeiro ano de crescimento essas hastes raramente florescem).

Depois da limpeza, corte as hastes na medida de 1/3 do seu comprimento total. Após, prenda-as a um tutor, em forma de arco, para que todas as gemas aparentes possam brotar livremente.

Gemas preciosas:

Saber lidar com elas é um dos maiores segredos do bom jardineiro

Para qualquer poda nas plantas, um princípio básico é conhecer as gemas também conhecidas como nós ou olhos e que são estruturas salientes que ocorrem ao longo dos galhos ou das hastes, bem como no ápice ou na axila dos ramos. Elas são as responsáveis pelo crescimento das plantas, de onde surgem os novos brotos de ramos, folhas ou flores. Por isso não podemos danificá-las fazendo os cortes sobre delas. O certo é podar cerca de um a dois centímetros acima em corte diagonal (chanfrado), com ângulo de aproximadamente 45 graus e com a inclinação ascendente (da esquerda para a direita) para evitar o acúmulo de água, agente de formação de fungos e doenças.

Plantas em harmonia

Dicas que ajudam roseiras e todas as plantas no pré e pós poda.

 

Faça a poda em um dia fresco, de preferência de manhãzinha. O sol forte é fator de estresse para a planta que está passando pela “cirurgia” da poda.

Dica da Mãe Natureza: como em todas as podas, espere a lua minguante para efetuar os cortes. É nesse momento que a seiva está mais na raiz do que no caule, o que favorece o procedimento.

Utilize tesouras compatíveis com a espessura do galho, que tenham lâminas afiadas e limpas. Ferramenta cega e enferrujada mastiga o ramo ferindo a planta e atraindo doenças que podem ser evitadas.

Carinho: pingue uma gota de própolis em cada corte do galho para auxiliar na rápida cicatrização e fechar as portas para as doenças.

Nas podas de formação convém verificar também a existência de brotos ladrões que tiram força da planta. Eles vêm da raiz. Procure cortá-los na base. Se necessário, escave a terra.
Aproveite a parte retirada dos galhos para fazer novas mudas e multiplicar roseiras e outras plantas que certamente ficarão mais felizes por sentirem que, a partir dos cortes, se multiplicarão. Cada estaca deve ter 20 cm e ser plantada em terra adubada, à sombra, até criar boas raízes.

Importantíssimo! Principalmente na primavera, adube suas plantas após podá-las. Elas vão precisar se alimentar bem para renovar toda a sua estrutura.

Autora: Cynthia de Oliveira