13 de fevereiro de 2023

Como começar a preservar as Árvores

“O desperdício da criação começa onde já não reconhecemos qualquer instância acima de nós, mas vemo-nos unicamente a nós mesmos”.                                                    

Imagine: se um milhão de pessoas reaproveitarem o verso de uma folha de papel que vai para as lixeiras muitas vezes com uma ou duas palavras escritas, a cada mês poderá ser preservada uma área de floresta equivalente a muitos campos de futebol.

Um milhão de pessoas? – você poderá pensar e só eu fazendo isso?
Esse “pensamento” nos leva a uma história: certa vez ao presenciar um grande incêndio florestal, um pequeno beija-flor que estava por perto correu a um riacho para pegar uma gotinha de água que prontamente levou no bico para apagar o fogo. Ao ver tamanha presteza e rapidez, uma ave que o observava perguntou: – Para que você está fazendo isso? Não percebe que nunca conseguirá apagar o incêndio? Convicto de seu trabalho o beija-flor respondeu: – Eu estou fazendo a minha parte. E você? 

Pequenos gestos, grandes resultados. Para o mundo das árvores, uma única pessoa que pense nelas ao economizar papel pode ter uma repercussão inesperada, pois não é o tamanho da ação o que vale. Trata-se da nossa consciência se ampliar sem ficar cobrando do outro o que ele não faz, mas fazermos nós o que nos cabe.

Quando desperdiçamos papel, as árvores que foram sacrificadas para sua fabricação acabam virando 25%* do lixo das casas brasileiras que é composto de papel; material que, além da derrubada de árvores exige muita água para ficar branco e desperdiçado. **

Nesse caso, existem dois passos a dar: economizar papel e, sempre que possível, optar pelo reciclado. A fabricação de uma única folha que passa pelo processo da reciclagem traz repercussões significativas quanto à economia de água e energia elétrica, sem falar que uma tonelada de suas aparas, nas gráficas, chega a poupar a vida de 15 a 30 árvores.
Os rios também agradeceriam pela opção reciclável. O processo de branqueamento do papel comum produz um resíduo líquido que é descartado nos rios gerando a morte de peixes e da vida que habita as águas, pois eleva muito a sua temperatura.

E toda essa conscientização e reciclagem começa na seleção do lixo, em casa, junto com as crianças, com os vizinhos. O importante é esquecer um pouco as necessidades pessoais e pensar mais no planeta, como um ser vivo que sofre as consequências de nossas indiferenças.

Se estivermos pacientes, tudo acaba sendo motivo para ajudar a Terra a respirar melhor e ter um pouco mais de água disponível.

* dado do CNB – Colégio Notarial do Brasil / SP

** na fabricação de uma tonelada de papel comum, são gastos cerca de 100.000 litros de água para apenas 2.000 litros do reciclado.

 

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Cultivando o amor pela terra.

Por: Cynthia de Oliveira Frank