VOCÊ SABIA QUE UMA PLANTA BEM ALIMENTADA ORGANICAMENTE NÃO É ATRAENTE PARA AS FORMIGAS? VEJA PORQUE E ENTENDA MELHOR O PAPEL DELAS E DE OUTROS INSETOS COMILÕES.

Em sua inteligência, a Natureza criou as formigas que, apesar de tudo o que o homem faz com elas, conservam estreita coligação com essa sabedoria. Por isso elas não gastariam sua energia dentro de um ecossistema se não tivessem um papel biológico a cumprir. E que papel é esse? Acima de tudo sinalizar carências e desequilíbrios no solo. As formigas simplesmente indicam que não estamos cuidando da terra como ela precisa. Nesse caso, lá vêm elas para cumprir uma de suas principais funções que é fazer a subsolagem, ou seja, descompactar as camadas mais profundas ou empobrecidas do terreno possibilitando sua revitalização. E param por aí? De forma alguma. As formigas sinalizam se as próprias plantas estão com menos ou com mais saúde e apontam o fato comendo os vegetais menos saudáveis, às vezes de forma avassaladora.

Mas essa comilança deve ser sempre assim? O que fazer para compreender e auxiliar as formigas em seu trabalho sem prejudicar os vegetais?

O mais saudável e poderoso agente para afastar a presença em massa de formigas ou de qualquer inseto que tenha virado praga é utilizar uma boa quantidade de matéria orgânica (composto orgânico, húmus de minhoca, húmus da superfície do solo das matas, palhadas em geral, estrume de vaca, etc.) seja em canteiros, vasos ou em qualquer espaço onde viva o verde.

Isso porque uma planta equilibrada pelo solo não é nutritiva para as formigas, etc.! Como assim? As plantas bem alimentadas organicamente conseguem encadear aminoácidos e formar proteínas as quais não são digestíveis para os insetos. Podemos dizer que a planta se torna “blindada” por essa coesão que lhe dá resistência às doenças e fecha as portas aos insetos. Estes vão sempre eleger os aminoácidos em estado livre (não encadeados) que podem ser encontrados nas plantas mais carentes de nutrição.

 

EXPLICAÇÃO CIENTÍFICA

Como dizia o renomado ambientalista José Lutzenberger: “a suscetibilidade da planta ao ataque de pragas é uma questão de nutrição ou de intoxicação. A planta equilibrada não é nutritiva para o parasita. Este necessita encontrar na planta hospedeira alimento solúvel, em forma de aminoácidos, açúcares e minerais ainda solúveis, isto é, ainda não incorporados em macromoléculas insolúveis. Isto acontece quando há inibição na proteossíntese ou quando há excesso de produção de aminoácidos. Esta inibição pode ser consequência, por exemplo, do uso de agrotóxicos ou de desequilíbrio nutricional da planta. O manejo agroquímico com pouco húmus e microvida de solo facilita a carência de micronutrientes que, sabidamente, inibe a proteossíntese. O uso exagerado de adubos nitrogenados solúveis, por sua vez, leva a uma produção exagerada de aminoácidos”

 

Em resumo, como em qualquer estágio da vida em qualquer Reino da Natureza, o equilíbrio gerado pela nutrição natural e orgânica, pode evitar doenças, estresse, baixa de imunidade e nos deixar fortificados pela coesão e não enfraquecidos pela divisão ou dispersão.

Assim, os insetos não atacam e o melhor, passam a contribuir com o homem sendo sinalizadores evolutivos e não “causadores de problemas”.

 

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Autora: Cynthia Frank