21 de dezembro de 2022

Pinheirinhos de Natal, Companheiros para a vida toda

Por: Cynthia de Oliveira Frank

Historinha de resgate do Pinheirinho

No livro, As árvores curam, de Manfred Himmel, Ed. Madras, um relato nos chama a atenção, pois fala da sensibilidade das árvores jovens.
Em uma certa ocasião, o autor, que amava o reino vegetal, estava fazendo compras na cidade mais próxima de sua propriedade rural, quando viu uma caçamba com muito lixo e dois pinheirinhos, destes que são utilizados para enfeitar as casas durante o Natal e depois são descartados. As pequeninas árvores estavam quase mortas e esse “quase” fez com que Manfred escolhesse uma delas para levar para sua casa.
Escolheu a que estava mais viva e logo a plantou no belo jardim em companhia de flores e outros arbustos. O pinheirinho respondeu aos cuidados e se recuperou prontamente.
Certo dia, porém, uma amiga estava passeando no tal jardim quando ouviu um choro muito forte. Essa senhora era sensitiva e, caminhando entre as plantas, pôde perceber que o choro vinha do pinheirinho:

– Mas porque você está chorando? Perguntou. Uma arvorezinha tão bela, morando num jardim tão bem cuidado, o que lhe falta? – Meu irmãozinho, meu irmãozinho…, ouviu como resposta.

Imediatamente ela procurou o dono da casa e contou o fato. O homem pegou o carro e lembrando-se do outro pinheirinho que havia ficado na caçamba, dirigiu-se correndo à cidade na esperança de ainda encontrá-lo. Por incrível que pareça, a caçamba ainda estava no mesmo lugar e, apesar do lixo retirado, ninguém havia ligado para o pobre pinheiro já totalmente seco e “morto”.
Sem titubear Manfred resgatou-o daquela situação e levando-o para junto de seu irmão, fez o berço para o plantio, adubando-o de forma especial.

Durante meses o pinheirinho não deu sinais de vida, mas pacientemente seu cuidador o regava e regava. Seis meses se passaram quando a pequena árvore finalmente expressou suas novas folhas verdes.
Daí por diante cresceu exuberante e forte ultrapassando em tamanho o irmãozinho.

Assim, viveram os dois pinheiros num clima de harmonia, tornando-se anos depois, guardiões de toda a propriedade.

Dica de Natal

Após as festas de fim de ano, não descarte os pinheiros vivos que serviram à toda família como árvores de Natal.
Aproveite para plantá-los em vasos grandes (com furos de drenagem que precisam ser cobertos com pedriscos para não entupirem) ou no solo do jardim.
Eles gostam de sol ou meia sombra, precisam de uma  nutrição com bastante matéria orgânica e de berços largos e profundos.
Pinheiros não têm pressa para crescer e não retardam. Desenvolvem-se no tempo certo e adoram água sem excesso.
Tratados com amor, os pinheirinhos duram anos e sentem-se como guardiões dos locais onde são plantados.

Feliz Natal