{"id":128967,"date":"2023-04-19T16:40:31","date_gmt":"2023-04-19T19:40:31","guid":{"rendered":"https:\/\/www.trapp.com.br\/?p=128967"},"modified":"2023-04-20T08:19:22","modified_gmt":"2023-04-20T11:19:22","slug":"conexao-entre-pessoas-e-plantas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.trapp.com.br\/pt\/cuidados\/conexao-entre-pessoas-e-plantas\/","title":{"rendered":"Hist\u00f3rias Verdes – Conex\u00e3o entre Pessoas e Plantas"},"content":{"rendered":"
Voc\u00ea acredita que uma planta possa nos inspirar a fazer algo certo para aquele momento?
\nAcredita que sementes possam nos curar de ins\u00f4nia?
\nAcredita que uma \u00e1rvore desata os n\u00f3s de nossa consci\u00eancia e pode ser nossa confidente?
\nNo seu \u00edntimo, voc\u00ea tem f\u00e9 que possamos recuperar consci\u00eancias humanas salvando \u00e1rvores?<\/p>\n
Ent\u00e3o, leia essas singelas hist\u00f3rias, cada uma vivenciada por uma pessoa diferente, mas todas com algo em comum: dizer ao Universo que aqui na Terra ainda tem gente sens\u00edvel diante da profunda amizade que emana da Natureza!<\/p>\n
O pinheiro confidente<\/strong> <\/a><\/p>\n Quest\u00f5es urbanas, Compreens\u00e3o cura indiferen\u00e7a Irm\u00e3 de sangue <\/a><\/p>\n Um encontro restaurador<\/strong> Lim\u00f5es socorristas<\/strong>
\n\u201cConheci aquele pinheiro (Pinnus elliotti) h\u00e1 muitos anos atr\u00e1s. Seu porte \u00e9 esguio, sua ramifica\u00e7\u00e3o suave, mas que for\u00e7a ele traz como guardi\u00e3o do pequeno espa\u00e7o onde mora! Certa vez, cansada de buscar solu\u00e7\u00f5es para meus problemas, sentei-me sob seus ramos e encostei a cabe\u00e7a no tronco, lembrando dos povos antigos que consultavam as \u00e1rvores e as tinham como confidentes. Perguntei-lhe, ent\u00e3o, o que deveria fazer para sair de tal situa\u00e7\u00e3o e veio-me a resposta. Algo inusitado que vinha ao encontro de minha aspira\u00e7\u00e3o mais profunda: – Procure tal pessoa e partilhei com ela tal coisa… Foi t\u00e3o claro que pensei tratar-se de minha imagina\u00e7\u00e3o ou que fosse uma resposta vinda de meu pr\u00f3prio interior. Sim! Era isso. Mas, a resposta interna s\u00f3 p\u00f4de emergir quando me sentei sob o pinheiro guardi\u00e3o e confiei inteiramente meu problema, de meses, a ele.
\nAs \u00e1rvores mexem com o nosso interno e puxam de l\u00e1 as respostas para nossa vida. Precisamos apenas amar e confiar\u201d.
\nBruna G., 42 anos<\/em><\/p>\n
\n<\/strong>\u201cUm dos principais problemas sofridos pelas \u00e1rvores hoje \u00e9 a falta de interesse. As \u00e1rvores s\u00e3o tratadas como uma \u2018coisa\u2019 que est\u00e1 ali em p\u00e9. H\u00e1 uma indiferen\u00e7a, uma falta de aten\u00e7\u00e3o. Outro dia o faxineiro do pr\u00e9dio onde moro sugeriu que cort\u00e1ssemos o belo jacarand\u00e1-mimoso<\/em> que est\u00e1 na porta do edif\u00edcio, pois suas flores ao ca\u00edrem na cal\u00e7ada estavam dando mais trabalho para ele varrer. Imediatamente chamei pela intelig\u00eancia dele. N\u00e3o o critiquei, nem julguei. Disse apenas que tinha certeza que ele conhecia um pouco de biologia. Que sabia a import\u00e2ncia que uma \u00e1rvore tem nas grandes cidades no sentido de ajudar a despolu\u00ed-la. Que ele sabia que uma flor se transforma em semente e que sem sementes n\u00e3o temos mais \u00e1rvores no mundo. Chamei tamb\u00e9m pelo seu senso de beleza. Ser\u00e1 que ele preferia \u00e1reas totalmente cimentadas, sem um verdinho, ou ser\u00e1 que ele gostava de ouvir um p\u00e1ssaro cantar, sentir um aroma agrad\u00e1vel de flor e sentar-se sob uma sombra refrescante em dia de calor intenso? Ele parou, pensou e ficou t\u00e3o orgulhoso por se sentir inteligente que esqueceu um pouco da vassoura\u201d.
\nSonia Maria O., 54 anos<\/em><\/p>\n
\n<\/strong>\u201cPouca gente sabe, mas a estrutura molecular do pigmento verde da clorofila \u00e9 id\u00eantica a estrutura molecular do pigmento vermelho da hemoglobina do sangue humano. A \u00fanica diferen\u00e7a est\u00e1 em um \u00e1tomo: na clorofila ele \u00e9 de magn\u00e9sio e no sangue ele \u00e9 de ferro. Talvez por isso quando tomamos um suco verde pela manh\u00e3 ou fazemos uma caminhada junto ao verde nos sentimos t\u00e3o bem. O nosso sangue deve ficar numa felicidade enorme, pois ele est\u00e1 recebendo alguma coisa que o complementa. Ou seja, ele est\u00e1 recebendo o verde que no fundo \u00e9 ele mesmo. \u00c9 interessante notar que na arte as cores verde e vermelho s\u00e3o complementares. Sabemos agora que essa uni\u00e3o n\u00e3o acontece s\u00f3 na arte. N\u00f3s precisamos do verde para viver porque o nosso sangue precisa de oxig\u00eanio. As \u00e1rvores mais uma vez se fazem vitais\u201d.
\nAna Maria S.,67 anos<\/em><\/p>\n
\n\u201cContou-me uma amiga que estava passando por uma fase de ins\u00f4nia que, um dia caminhando por uma trilha arborizada, encontrou um araxix\u00e1<\/em> enorme. Os araxix\u00e1s<\/em> ou chich\u00e1s<\/em> s\u00e3o \u00e1rvores de grande porte e beleza. Este exemplar estava em plena fase de frutifica\u00e7\u00e3o, na qual oferece seus magn\u00edficos estojos ou c\u00e1psulas que guardam sementes fortes, negras e comest\u00edveis. Esse estojo, ainda no p\u00e9, tem uma cor externa vermelho-rubi e internamente apresenta um amarelo-ouro onde descansam as sementes que acaba de construir. Minha amiga ficou t\u00e3o deslumbrada com o espet\u00e1culo que se aproximou ainda mais da \u00e1rvore e come\u00e7ou a conversar com ela.
\nSentia no cora\u00e7\u00e3o a comunica\u00e7\u00e3o com aquela esp\u00e9cie que lhe dizia para ser firme, n\u00e3o titubear, n\u00e3o duvidar, andar com passos firmes no ch\u00e3o e cabe\u00e7a ereta, digna de quem sabe para onde se dirige. Em seguida, apresentou-lhe um p\u00e9 de alfavaca, sua vizinha, oferecendo a esta amiga suas pequenas e arom\u00e1ticas folhas. A \u00e1rvore a fez perceber que elas cuidariam de seu pulm\u00e3o, fortalecendo-a. Minha amiga ficou t\u00e3o grata que chorou, pedindo ao araxix\u00e1<\/em> que a abra\u00e7asse. Assim, aquele ser humano e o ser \u00e1rvore permaneceram alguns minutos. Ao se despedir, a amiga pediu ao araxix\u00e1 alguns estojos com sementes, pois tinha a inten\u00e7\u00e3o de propagar sua esp\u00e9cie e de distribuir os estojos como presentes para os amigos. O araxix\u00e1<\/em> \u201cagradeceu\u201d, e ela foi levada a olhar para o ch\u00e3o \u2013 visto que os estojos pendurados nos galhos eram de dif\u00edcil acesso. Ao olhar para o solo, minha amiga deparou-se com dezenas desses bel\u00edssimos aparatos, recolhendo-os todos. Mais uma vez agradecida, ela ia se retirar quando aquela incr\u00edvel \u00e1rvore comunicou ao seu cora\u00e7\u00e3o que colocasse os estojos e as sementes pr\u00f3ximos de sua cama e, quando precisasse, lembra-se do araxix\u00e1. Como um anjo verde ele iria ajud\u00e1-la. Assim fez a amiga e ap\u00f3s sete dias, plantou as sementes que trata como preciosas joias. No cora\u00e7\u00e3o, permaneceu a amizade, o apoio e a certeza de que as \u00e1rvores s\u00e3o muito mais do que \u00e1rvores. O amor incondicional que possuem eleva a nossa pessoa a um estado de pura confian\u00e7a que tudo restaura\u201d.
\nNat\u00e1lia C., 37 anos<\/em><\/p>\n
\n\u201c O cheiro que saia do ralo da pia da cozinha era insuport\u00e1vel. De produtos qu\u00edmicos, de removedor. Exalava por toda a casa, refluxo de um sistema de esgoto mal constru\u00eddo. Atiramos \u00e1gua fervente, produtos de limpeza e nada, o odor prosseguia e j\u00e1 era de noite. Como vamos dormir com esse cheiro? Era a pergunta. De repente a inspira\u00e7\u00e3o: o reino vegetal respondia e acudia mais uma vez. Peguei todos os lim\u00f5es que t\u00ednhamos e fui espremendo um a um dentro do ralo. O cheiro passou quase de imediato. Receita para fortes odores? Mais que isso. Uma constata\u00e7\u00e3o de que os vegetais ajudam o homem at\u00e9 em momentos inesperados. Libera situa\u00e7\u00f5es. Quando voc\u00ea se encontrar em dificuldades, chame por este reino\u201d.
\nLuiza P. 45 anos<\/em><\/p>\n