O QUE SÃO ESTÔMATOS

Estômatos são aberturas, presentes na epiderme vegetal, essenciais para o processo de trocas gasosas. Essas estruturas são semelhantes a “janelas” ou pequenos “lábios” por onde as folhas dos vegetais trocam o gás carbônico por oxigênio puro e limpo, devolvendo-o para o ambiente. Cada folha contém na sua parte inferior milhares desses estômatos, resultando em uma superfície foliar trabalhando diariamente, realizando a fotossíntese. Estômatos também estão relacionados com a perda de água por transpiração.

O PROCESSO

Para o funcionamento, primeiro precisamos de luz solar. A palavra “foto” vem do grego “luz”, ingrediente básico da fotossíntese. Junto ao sol, entram a clorofila (seiva verde), a água que vem do solo e o próprio CO₂ da atmosfera.

As células de clorofila decompõem as moléculas de água (H₂O), separando o hidrogênio do oxigênio. O hidrogênio se une ao CO₂, formando glicose e amido para alimentar a planta e gerar celulose. Enquanto isso, o oxigênio é expelido no ar junto com o vapor da água que não foi absorvida, deixando assim o ambiente mais fresco, equilibrado e adequado para a vida de todos.

Esse talvez seja o processo químico mais importante do planeta que só é possível ser realizado porque as folhas têm suas aberturas quase invisíveis, os estômatos, agora conhecidas e até palpáveis.

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QUAIS OS TIPOS DE SOLO?

SOLO ARENOSO: seu teor de areia é superior a 70% e suas partículas são grandes. Por isso é bastante permeável, permitindo que a água da rega e o ar circulem com facilidade entre os espaços. Não retém umidade como o solo argiloso. É o tipo de solo mais comum no litoral.

SOLO ARGILOSO: possui mais de 30% de argila. É a conhecida “terra vermelha” que também pode ter outros tons. É um tipo de solo pouco arejado e permeável, devido às partículas pequenas que retêm o ar e a água, além dos próprios nutrientes que chegam a ficar inacessíveis às raízes. Ponto a favor: é mais rico em minerais do que o solo arenoso.

SOLO SILTOSO: o silte é um fragmento mineral que fica entre a areia fina e a argila. A olho nu, é difícil diferencia-lo da própria argila a não ser pela plasticidade, sendo que na argila ela é maior. O silte também é conhecido como areia de pedra. Solos siltosos são muito erosíveis, pois suas partículas, pequenas e leves, não se agregam. Portanto é um solo facilmente lixiviado pelas chuvas.

SOLO HUMOSO: é o solo que se encontra na superfície de matas e florestas preservadas. Constituído por matéria orgânica, é bastante rico e tende a ser arejado, permitindo a boa circulação de água e nutrientes. É o solo mais equilibrado.

SOLO CALCÁRIO: como o próprio nome sugere, a quantidade de calcário nesse tipo de solo é maior do que nos outros. É dele que se obtém a matéria-prima para a fabricação de cal e cimento. É um solo seco, comum nas regiões de deserto, sendo inadequado para a agricultura. Porém, contribui muito se ofertando a terra em forma de um pó branco (amarelado) utilizado como fertilizante e equilibrador de acidez.

Seja qual for o tipo de solo, na hora de plantar, você vai precisar agregar adubos e muita matéria orgânica para torna-lo efetivamente fértil. É como se cada tipo de solo fosse a base de tudo sem a qual nada funciona. Porém, cabe a nós melhorarmos sua estrutura para que possa se manter vivo e em condições de gerar nutrientes que alimentam as plantas e servem de alimento.

ELEMENTOS ESSENCIAIS E SUAS FONTES

Existem três elementos básicos para um solo sadio, como se fossem o “arroz com feijão” para a terra: nitrogênio, fósforo e potássio.  Suas fontes naturais estão presentes em muitos adubos conhecidos, mas ao utiliza-los lembre-se da necessidade de cobrir o solo após a adubação para que os insumos não se percam com a ação do clima, e tragam condições para que os micro-organismos se mantenham vivos resultando em melhorar estrutura, descompactação e aeração.

Os cuidados valem para todos os tipos de solo, especialmente para o arenoso e o argiloso. No caso do solo humoso, diminua um pouco a quantidade, visto que ele é mais rico em nutrientes. Os elementos básicos são:

NITROGÊNIO (N)

Fonte natural: húmus de minhoca, esterco curtido de curral ou de galinha, composto orgânico.

Modo de usar: 20 litros por m² de canteiro. Para o esterco de galinha, 200g/m².

O nitrogênio dá força para as folhagens e aumenta o teor verde das plantas.

FÓSFORO (P)

Fonte natural: pó de rocha, pó de brita, farinha de ossos e outros fosfatos naturais encontrados no mercado.

Modo de usar: seguir a orientação do fabricante.

Uma única aplicação desse insumo pode acertar a carência por fósforo. Depois é manter o solo coberto com matéria orgânica para que ele mesmo o “fabrique”.

Obs: Outra fonte de fósforo são as folhas das palmeiras que podem ser picadas e espalhadas nos vasos e canteiros.

O fósforo é o elemento amigo das flores. Aumenta sua produtividade e durabilidade.

POTÁSSIO (K)

Fonte natural: cinzas de madeira obtidas da queima de lenha. Uma pizzaria ou padaria pode fornecer o material já limpo. Cinzas obtidas em churrascarias não devem ser usadas por conterem sal que prejudica seriamente as plantas.

Modo de usar: Não há uma medida certa. Moderadamente espalhe as cinzas por toda a superfície do solo.

Obs: As folhas da mamona são riquíssimas em potássio podendo ser utilizadas como cobertura no plantio em geral.

O potássio confere força aos tecidos dos vegetais deixando as plantas mais rígidas. Também fortalece a imunidade, protegendo do ataque de pragas e doenças. As cinzas de madeira também são fonte de cálcio e magnésio. 

E AGORA? COMO VERIFICO A QUALIDADE DO MEU SOLO?

Para saber faça o seguinte teste: pegue com as mãos um punhado de solo misturado com os adubos. Se a mistura estiver farinhenta, sem consistência (o que acontece com os solos arenosos), incorpore-a adicionando mais húmus, composto orgânico, terra vegetal ou esterco curtido. Se ao contrário, estiver pesada, grudenta (como acontece com os solos argilosos), areje-a com um pouco de areia fina, vermiculita (composto mineral), palha, grama picada e folhas. Como dissemos, o solo argiloso tem a característica de ser menos arejado. Isso significa que ele retém água em demasia provocando facilmente os empoçamentos.  Para esse tipo de solo, é essencial agregar componentes que confiram equilíbrio e leveza. Em qualquer caso, estando sempre protegido por cobertura vegetal, o solo apresentará outro sinal de boa qualidade: o inigualável e delicioso aroma de terra fresca.

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